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LIDERANÇA E INTELIGÊNCIA EMOCIONAL

Se a gestão das emoções, a chamada Inteligência emocional é algo importante para qualquer pessoa, para sua qualidade de vida e bem estar, imagine para quem tem uma posição de liderança.


Fazer a gestão das pessoas é interferir no comportamento de cada membro do time e para isso é necessário um bom controle das próprias emoções.


Um Líder ansioso, vai gerar ansiedade no time. Ansiedade até certo ponto é positiva, mas passou de um certo grau de intensidade, passa a se muito negativa e prejudicial.

Ansiedade é o medo que algo saia errado. Enquanto estamos na fase da expectativa apenas, que nos leva a planejar, preparar, cuidar dos detalhes para que tudo ocorra bem, ela é positiva. Quando passamos a ser dominados pelo medo ou até passamos a ter a certeza que alguma cosa vai acabar saindo errado, ai a emoção passa a nos dominar.

No nosso cérebro temos dois caminhos para as emoções. O primeiro usamos o caminho que passa pelo tálamo, córtex e finalmente para a amígdala que provocará mudanças substanciais no nosso organismo que nos permita enfrentar a situação ou fugir dela, é um caminho mais racional, que passa por um certo grau de gerenciamento.

O segundo caminho passamos direto do tálamo para a amígdala, uma resposta mais rápida, puramente emocional, baseada em fragmentos neurais que não passaram por um tratamento, uma análise mais adequada do que está realmente acontecendo.

No caminho mais curto direto para a amígdala, a pessoa não tem mais controle sobre a ansiedade, ao contrário, passa a ser controlada por ela. “Ai meu Deus estou sentindo que algo vai dar errado”.


Um Líder ansioso, cobra o tempo todo, vai direto para a ação sem planejamento, não tem conceitos estratégicos de medio e longo prazo que guiam as ações a curto prazo, coloca o time sempre em movimento, todos correm muito sem saber muito bem para onde, sem coordenação e o resultado é ruim ou até positivo em alguns momentos mas a custa de um desgaste muito grande das pessoas.


Pais ansiosos, filhos ansiosos, líder ansioso, funcionário ansioso. Pais calmos, filhos menos ansiosos, líderes calmos, funcionários muito menos ansiosos.

Aristoteles em seu livro dedicado ao filho, Ética a Nicômaco, fala que “zangar-se é fácil, mas zangar-se com a pessoa certa, na hora certa, da maneira certa, pelo motivo certo, não é fácil’’. Isso é que é conseguir ter uma boa gestão das emoções.

Aristoteles fala que a grande virtude do homem é não ser escravo das emoções, nem do prazer, nem da politica ou superficialidade do conhecimento.


A maioria das pessoas não erram por falar o que tem razão, mas perdem a razão pela maneira que falam, sem conseguir controlar as emoções.

Imaginem o impacto que tem para um time, a maneira de falar de um líder. Mais do que o conteúdo, mais do que o fato de ter 100% de razão, está na maneira, na forma de abordar e dizer o que quer transmitir.

Algumas pessoas até brincam dizendo: “Você quer ter razão ou ser feliz?”, já assumindo uma desistência da maneira de falar, da capacidade do convencimento.


A busca por um ambiente de trabalho de energia positiva, times com excelente sinergia, bem estar das pessoas e resultados maximizadas, passam por líderes que conseguem gerenciar bem as suas emoções e consequentemente influenciam positivamente o seu time.


Várias pessoas já me disseram, quando você está no ambiente o time fica mais calmo, tranquilo, há mais motivação nas pessoas e as atividades saem com mais qualidade e muito menos esforço.

Como fui líder muito jovem, no começo ficava até meio irritado com esse tipo de comentário. "Como assim as pessoas ficam mais calmas na minha presença, então sou algum tipo de remedio calmante?”

Depois com a experiência passei a entender que era algo natural e que influenciava positivamente os times que liderei.


Recentemente acompanhei um time que o líder estava fazendo um trabalho de coaching e questionei os funcionários sobre o resultado. Eles disseram que ele tinha piorado muito como líder, que estava gerando uma ansiedade enorme no grupo e todos estavam desmotivados. O Trabalho que foi feito com o líder foi incendiar a sua motivação, orientação para foco em resultados, buscar melhorias imediatas, animo máximo, espírito de guerreiro, energia de um ser da luz, tenacidade de um samurai.

Só esqueceram de um pequeno detalhe. O líder não consegue nada sozinho, consegue resultados através das pessoas.

Após o trabalho de coaching em que ele passou descalço sobre brasas incandescentes, ele voltou para a empresa e saiu como locou na área gritando, “vamos, vamos, temos que fazer mais, conseguir resultados de alta performance, vencer os obstáculos, vamos, vamos , vamos.

Sem orientação de como fazer de forma planejada, sem sinergia e organização no time, as pessoas saíram correndo, de um lado para outro, batendo cabeças e o líder samurai foi ficando cada vez mais desesperado quase praticando um harakiri.


Toda mentoria para líderes tem que pressupor como conseguir resultados através da sinergia do grupo, aproveitando o potencial de cada um da melhor maneira. Transformando o líder em alguém que passa orientação, calma, mostra os caminhos, incentiva os melhores resultados com bom humor, cooperação e bem estar para todos.


Um líder que não consegue gerenciar suas emoções, faz um grande estrago em qualquer time.

 
 
 

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